Matéria Retirada do Blog: A Nova Ordem Mundial
O programa de vacinação em massa contra a gripe suína na Austrália foi duramente criticado por um especialista em doenças infecciosas australiano, que diz que o risco de efeitos secundários graves é maior do que qualquer potencial benefício para a metade da população australiana.
Escrevendo na última edição do jornal Australian Prescriber, o Professor Pedro Collignon, diretor da da Unidade de doenças infecciosas e Do epartamento de Microbiologia do Hospital de Canberra, disse que a resposta do Governo para o vírus foi "inadequada", alimentada por temores sobre sua propagação do vírus que estavam fora de proporção para a ameaça real representada pela doença.
"De modo geral, a gripe suína tem sido associada com menos mortes que a gripe sazonal e é de baixa virulência", escreveu ele.
Professor Collignon disse ainda que o risco de efeitos colaterais da vacina foi maior do que qualquer potencial benefício para 50 por cento da população australiana, que provavelmente já estava imune por causa da imunidade pré-existente ou infecção recente.
"Em toda a campanha de vacinação em massa, aqueles que já são imunes não são suscetíveis de receber os benefícios adicionais da vacina, mas continuam em risco de efeitos adversos", escreveu ele.
"Em pessoas jovens, sem fatores de risco, as taxas de morte e complicações no último inverno causados pela gripe suína foram muito baixos e são similares ao risco de efeitos adversos graves associados à vacina, tais como a síndrome de Guillain-Barré e anafilaxia."
De acordo com o Prof Collignon, cerca de 50 por cento das pessoas que receberam a vacina contra H1N1 nos testes na Austrália tiveram efeitos adversos sistêmicos leves a moderados e 1,7 por cento tiveram efeitos adversos registrados como graves.
Em crianças, 20 por cento tiveram efeitos colaterais sistêmicos de moderados a severos após receber uma dose de 15 microgramas de vacina.
"É muito importante ter a certeza de que faremos mais bem do que mal com qualquer vacina," disse Prof Collignon, clamando por um abrangente estudo prospectivo de longo prazo sobre a segurança e a eficácia de vacinas contra a gripe antes de embarcar em mais programas de imunização em massa.
Prof Collignon também criticou o uso de frascos multi-dose no programa de vacinação, dizendo que colocar pacientes em risco "adicionais desnecessários" de contrair infecções, tais como Staphylococcus aureus, Hepatite B e HIV.
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