6 de dezembro de 2009

Cresce o perigo de um colapso do sistema

Matéria Retirada do Site: A Conspiração

O pânico dos políticos e dos diretores dos bancos Centrais aumentou muito. Provavelmente seus consultores disseram que a hora está chegando – a fuga do sistema de papel-moeda. Alguns até relatam sobre isso publicamente. É preciso agora somente um pequeno empurrão e esta fuga transformar-se-á em pânico. Este artigo mostra o que vem pela frente e o que você já deveria ter feito.

Aviso com alta prioridade

Alguns artigos dos últimos dias:

O receio diante da próxima crise financeira; Diretor do FMI previne diante dos obscuros segredos dos bancos; Merkel preocupada sobre fragilidade dos bancos alemães; FMI atiça medo diante da grande depressão.

Ou o artigo: Bancos estaduais devem salvar o WestLB.

“Uma falência do terceiro banco estadual seria uma catástrofe para o sistema financeiro mundial. Observadores partem do pressuposto que as partes irão entrar em consenso nos últimos minutos.”

De fato, a salvação veio pelo consenso em injetar mais dinheiro dos contribuintes. Com isso a “catástrofe” foi evitada mais uma vez.

Os britânicos fazem segredo para não apavorar os “mercados”: Crédito secreto para os bancos.

Mais de 60 bilhões de libras foram enfiadas “em segredo” aos bancos, em 2008. Quanto foi em 2009, será provavelmente revelado em 2010.

A especulação contra os países e seus títulos se inicia

Não, não apenas contra algum “cachorro faminto” da periferia, mas sim contra o bastião ocidental dos países industrializados – G7.

Japão: Visão do dia: David Einhorn; Especulações em torno da bancarrota da Grécia; Investidores apostam na falência da Itália.

Uma falência da Grécia já é esperada, mas não é algo que preocupa tanto. Apena o euro iria sofrer um pouco. Mas a bancarrota da Itália iria provocar pânico e levar o euro a um perigo extremo. Com o Japão a coisa é bem diferente: este país tem a maior dívida interna de todos (220% do PIB) e sua moeda é uma espécie de moeda-reserva paralela. Sua eventual bancarrota tem o potencial de acabar de vez com o sistema financeiro mundial.

Contra os três “mais importantes”, EUA, GB e Alemanha, não se pode especular ou apenas reportar algo a respeito. É claro que se especula com CDS (Credit Default Swaps) em cima dos títulos públicos destes países. Os preços dos CDS aumentam também por aqui, mas não abruptamente. Logo virá o grande ataque – com a fuga de suas moedas.

Por que as elites estão tão apavoradas?

Este artigo mostra: O medo diante da próxima crise financeira.

“Nos círculos da liderança política da Alemanha cresce o receio diante de uma segunda crise financeira internacional, que ultrapassará aquela do outono de 2007 em intensidade e efeito.


Este é pano de fundo dos avisos de Merkel, Schäuble e Trichet. Eles temem que o enriquecimento desavergonhado da oligarquia financeira, em relação a uma nova crise nos mercados financeiros, provoque uma rebelião social incontrolável.


Muitos especialistas consideram inevitável a quebra financeira que se avizinha. Der Spiegel apareceu na segunda-feira com um título espetacular, ‘A bomba dos trilhões’. O respectivo artigo de doze páginas começa com a afirmação, a pergunta não é ‘se’, mas sim ‘quando’ a bolha especulativa irá estourar.”

Não apenas na Alemanha cresce o pânico entre a elite, mas também por toda parte. A diferença é apenas que os dirigentes alemães demonstram melhor.

Uma imensa Carry-Trade-Bubble como a atual, onde praticamente todo tipo de título a crédito é comprado com dinheiro dos bancos centrais sem qualquer custo, tem que estourar em algum momento. No mais tardar então quando os juros tiverem que subir. O crash será terrível, e tudo que até então vimos será colocado à sombra.

Sendo assim, os bancos deverão ser salvos mais uma vez, mas com uma soma muito maior que desde 2008. Isso aconteceria com maciço aumento tributário e limitação dos gastos do governo: pelos erros dos banqueiros que se enchem no momento com bonificações. Ou seja, o contribuinte deve se conter ao máximo – em prol dos privilegiados banqueiros. Esta situação não traz consenso e os políticos da Alemanha devem sentir isso. Pelo menos seus consultores os avisaram.

Quando chegar, então tudo vai para o brejo; e a grande depressão com falências dos bancos e bancarrota dos países entrarão em cena. Por isso todos os leitores devem se preparar, pois pode acontecer a qualquer momento.

O preço do ouro explode no momento

O gráfico abaixo mostra o preço do ouro ontem – em US dólar e euro:

Abaixo o preço do ouro em dólar, em 2009:

Como eu mostrei em setembro de 2009 no artigo Ouro a US$ 1.100 e continua a subir, desde o verão não se consegue mais qualquer significante contenção da cotação do ouro.

Eu descrevi a situação da seguinte forma:

“Trata-se agora em impedir um aumento extraordinário da cotação do ouro, que seria visível a todos. Não há mais condições para grandes contenções do preço do metal.”

Estas últimas tentativas em impedir o aumento da cotação do nobre metal falharam, elas provocaram ainda mais seu aumento.

Por quê? Nós vemos isso aqui: Hedge-Fonds acumulam ouro devido ao receio de inflação. Ou neste extrato do Midas de Bill Murphy:

Monster Money Pouring Into Physical Gold Market
For some time we have watched the gold price rise relative to dollar weakness. I received word today from a colleague that a trade in Europe is to sell the euro against the 1.50 intervention point (which is widely observed) and to buy gold. We are told buying of physical gold is relentless at UBS and other European banks. Two customers of a major European bank just bought $500 million worth of bullion. Now, that’s some serious buying and why The Gold Cartel’s selloffs have not been working. Just too many buyers competing for limited supply.

Ou seja, o Big Money vai com toda força para o ouro físico. Sejam os Hedge-Fonds ou pessoas físicas ricas. Dois investidores, ao mesmo tempo, compraram cerca 500 milhões de dólares em ouro, no mercado de Londres – em um único dia. Caso eles consigam tanto ouro assim, naturalmente.

Os (poucos) ricos cientes devem ver o que está se formando – hiperinflação – e tentam primeiramente fugir de seus dólares comprando ouro, mas também de seus euros.

Ainda não temos o pânico, mas ele pode eclodir a qualquer momento.

Então colocar-se-á a seguinte questão: Onde estão seus super-juros, Ben? Nestes dias apareceu em um artigo (não de minha autoria), que Ben “Helicóptero” Bernanke deveria oferecer de fato juros a 45% ao ano para os vencimentos diários e seu colega secretário do tesouro, Tim Geithner, 55% para os títulos do tesouro de 10 anos. Isso significa a imediata bancarrota. Mas isso ainda acontecerá, provavelmente ainda nos próximos dois meses. Então a coisa vai rápido, talvez em um dia como descrito neste cenário: The Day the Dollar Died.

Falta somente o pânico

Falta ainda em elemento para a fuga selvagem das moedas e primeiramente do dólar e libra, para o “seguro” ouro: pânico. Um acontecimento que poderia ser seu estopim:

- o desabamento do mercado do ouro no COMEX ou LBMA através de um fornecimento especialmente grande
- uma declaração espontânea de algum importante político norte-americano contra o principal credor, a China
- a bancarrota de um grande banco nos EUA ou na Europa
- uma grande (e verdadeiro) ataque terrorista nos EUA ou na Europa.

Necessita-se apenas que algum banco central médio ou grande, ou um realmente grande investidor ou Hedge-Fonds decidirem migrar do dólar para o ouro. Isso basta. Aquilo que aconteceu no outono de 2008, onde o mercado monetário dos EUA quase quebrou, pode acontecer a qualquer momento. Então o pânico está às portas, e todos que ainda esperaram, irão - custe o que custar - querer fugir do papel-moeda. O sistema está extremamente instável, ele não se agüenta mais.

Atentem aos seguintes indicadores:

- um grande banco nos EUA ou Europa fechará suas portas, pois está falido
- Os títulos públicos de um importante país industrializado serão, no pânico, despejados no mercado
- a libra britânica quebra (já deveria ter acontecido há muito tempo)
- o index do US-dólar quebra mais de três pontos em um único dia
- o preço da onça do ouro sobe cerca de 100 dólares em um único dia

Então o pânico deve se instaurar. A probabilidade é grande que um pouco antes (no fim de semana) todos os bancos sejam fechados (um “feriado bancário” será decretado, as pessoas já estão nos bancos, mas não festejam, ao contrário, estão aterrorizadas), as bolsas fecharão, será estabelecido o controle das divisas, etc.

Preparativos

É provável que as interferências estatais descritas acima aconteçam de repente, em um final de semana. Sendo assim, nada mais será possível fazer, senão observar.

Os bancos podem permanecer fechados por uma semana e permitir então um saque mínimo. As bolsas podem até permanecer fechadas por mais tempo. Ouro e prata não existirão mais, estes serão comprados na fonte pelo Big Money. Quem não estiver preparado, perdeu.

O que já deveria ter sido feito:

a. todos os créditos deveriam ser pagos
b. todos os papéis como ações (exceto as minas de ouro e prata), títulos, fundos, seguros de vida, previdência privada etc, já deveriam ter sido liquidados
c. todos os imóveis que não se queira preservar de qualquer forma ou que estejam financiados, deveriam ser liquidados e receber o dinheiro correspondente
d. deve-se sair completamente de bancos críticos (conhecidos da mídia)
e. as contas em outros bancos devem ser reduzidas ao mínimo necessário, uma redistribuição em vários bancos é recomendável – isso ajuda?
f. todo ouro e prata que se deseja ter, já deveriam ter sido comprados e guardados em lugar seguro
g. reservas em dinheiro vivo, disponíveis a qualquer momento (não depositados nos cofres do banco) para o período de três meses, em euro ou franco suíço, também pequenas notas : deixe pacotes prontos de 100 notas de 10 ou 20 euros
h. uma reserva em alimentos e outros artigos de consumo para alguns meses deveram estar preparados
i. os veículos devem estar com tanque cheio, galões de reserva é recomendável.

Conte com a possibilidade que não somente os bancos e as bolsas estarão fechados de repente, mas também que os supermercados serão saqueados e os postos esvaziados. Quem tiver dinheiro em espécie nas mãos, pode ainda fazer alguma coisa. Com papel de plástico não se receberá provavelmente nada mais.

Irá durar ainda um tempo até que os negócios aceitem ouro ou prata, por isso deve se manter uma boa quantia de notas na moeda do país.

Trabalho, salários

Seu empregador fechará as portas por um período, pois ele próprio não tem acesso às contas bancárias. Você será mandado para casa sem salário. Empresários entre os leitores farão exatamente isso. Por isso você não deve contar com os rendimentos normais. Você só terá o dinheiro que possuir e não estiver bloqueado nos bancos ou nas bolsas.

Botes salva-vidas

Quando a coisa pegar, as ovelhas que até então se recusam a ver a realidade da crise, irão notar imediatamente que elas já foram tosadas e estão prestes a ser abatidas. O apoio estatal do outono de 2008 carregou o sistema por ainda mais um ano, mas agora os países estão na linha de tiro.

Depois que o Big Money (o grande capital) for para o bote salva-vida, os estados industriais, incluindo os EUA, GB, Alemanha, França e Japão, irão par ao ralo - é o preço da impressão de dinheiro sem lastro. Quando este Big Money não receber mais ouro algum, então ele comprará e estocará matéria-prima de qualquer natureza até víveres de primeira necessidade, os depósitos estarão abarrotados até o teto, os preços irão explodir. Valores financeiros de toda espécie, como é típico em tais situações de crise monetária, irão despencar até o chão.

Esteja preparado. O tempo para os últimos preparativos é AGORA.


Walter Eichelburg, engenheiro.

O autor do artigo não é um consultor financeiro, mas sim um investidor em Viena - NR.

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