A CIA é notória por suas experiências durante a Guerra Fria com LSD e outras substâncias químicas em soldados e cidadãos desprevenidos. Detalhes apareceram em livros e artigos desde 30 anos atrás.
Mas, se os veteranos militares ganharem uma ação judicial na Califórnia, a tentativa da agência de espionagem para transformar seres humanos em assassinos robôs, através de eletrodos implantados em seus cérebros, terá uma exposição muito maior do que as drogas da CIA testadas em pacientes que vão desde soldados a donos de bares e clientes de prostitutas.
Não é apenas ficção científica ou da imaginação de doentes mentais.
Em 1961, um importante cientista da CIA informou em um memorando interno que "foi demonstrada a possibilidade do controle remoto de atividades em várias espécies de animais...investigações especiais e avaliações serão realizadas para a aplicação de elementos selecionados dessas técnicas em seres humanos", de acordo com o livro "A CIA e a
busca pelo Manchurian Candidate", escrito em 1979 pelo ex-oficial de inteligência do Departamento de Estado John Marks.
"Este projeto cruel", Marks escreveu, " foi concebido para a liberação de agentes químicos e biológicos ou 'operações do tipo ação executivas". "Ação executiva" foi um eufemismo usado pela CIA para designar assassinato."
As vítimas têm procurado justiça por anos, mas em vão. Agora, quase 40 anos depois, um juiz federal ordenou que a CIA apresentasse documentos e testemunhas sobre o LSD e outras experiências "alegadamente realizadas em milhares de soldados a partir de 1950 até 1975", de acordo com relatos na imprensa.
A ordem de 17 de novembro do Juiz John Larsen isenta a CIA de ter de depor sobre testes de eletrodos em seres humanos, mas Gordon P. Erspamer, chefe dos advogado para os veteranos, diz que "nós também estamos buscando isso."
"Não há dúvida de que esses experimentos foram realizados", disse na terça-feira Erspamer via e-mail, os réus dizem que eles usaram investigadores privados e pacientes para os teste vieram de prisões, hospitais, lares de idosos e soldados da reserva. A CIA disse que não tinha ninguém com conhecimento sobre este assunto.
Erspamer, conselheiro sênior do escritório de São Francisco da Morrison & Foerster, disse que "várias" testemunhas da CIA "ainda estão vivas", citando algumas que foram identificados publicamente, mas optou por manter as outras testemunhas secretas até chamá-las para depor.
Documentos apresentados no caso descrevem "dispositivos elétricos implantados no tecido cerebral, com eletrodos em várias regiões, incluindo o hipocampo, hipotálamo, lobo frontal (através do septo), o córtex e vários outros lugares", disse Erspamer, com base na investigação escrita por cientistas do governo.
"Acreditamos que uma das vítimasrecebeu um implante septal", disse ele, com base em uma ressonância magnética", mostrando um" corpo estranho" na fronteira entre o septo e o lobo frontal.
"Muito deste trabalho foi feito fora da Universidade de Tulane usando um hospital público local e financiado por uma organização de fachada chamada Commonwealth Fund", continuou ele.
"Tentamos obter documentos de Tulane, mas eles nos disseram que estes foram destruídos nas enchentes causadas pelo furacão."
A CIA afirma que pelo menos alguns dos documentos devem permanecer classificados como "segredos de Estado." Mas o magistrado disse à agência para apresentar uma melhor fundamentação, uma "declaração complementar explicativa com especificidade elevada" explicando por que os documentos devem ficar protegidos depois de todos estes anos.
Mais Informações:
Washington Post: CIA brain experiments pursued in veterans’ suit
Ação Judicial (pdf)
The Search for the Manchurian Candidate
Court House News: CIA Must Disclose Data on Human Experiments
Whashington Post: (estudo) Correlation of Rhinencephalic Electrograms with Behavior
Estudo: ELECTRICAL SELF-STIMULATION OF THE BRAIN IN MAN
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