Matéria Retirada do Site: REVISTA DE UFOLOGIA BRASILEIRA | |||
Quando iniciei minhas investigações sobre o Fenômeno UFO, por volta de 1975, depois de vários anos dedicados à leitura do que de mais significativo existia sobre a presença extraterrestre em nosso passado histórico, pré-histórico e no presente, não poderia imaginar – apesar de já ter uma certa intuição sobre a existência de uma ligação entre a própria origem de nossa humanidade e os alienígenas que nos visitam – que mergulharia em níveis tão abstratos ou imateriais de pesquisa. As lembranças mais antigas de minha infância estão ligadas ao meu interesse pela realidade da vida extraterrestre, e não seria exagero dizer que minha vida e meu envolvimento com o assunto fazem parte de uma única realidade – coisa que não é um privilégio meu. De uma maneira ou de outra, com particularidades pessoais, esse interesse e a necessidade de envolvimento com a questão, de forma ainda inexplicável, faz parte da realidade de muitas pessoas. Tenho consciência do que já realizei em termos pessoais e em conjunto com outros companheiros para a divulgação da realidade do Fenômeno UFO. Posso dizer que tenho orgulho de fazer parte de um grupo de pessoas que, de uma maneira ou de outra, foi responsável por expressiva parcela do que foi produzido nas últimas décadas dentro da Ufologia Brasileira. Mas se muito já conseguimos realizar, não tenho a menor dúvida, como muitos dos leitores, que na verdade demos apenas os primeiros passos na direção de uma realidade que será capaz de modificar nosso mundo – cujo destino é tão incerto –, em algo que faça mais sentido. O estabelecimento definitivo e em larga escala da existência de vida extraterrestre, das ligações do Fenômeno UFO com nossas grandes religiões, da percepção de nosso relacionamento com algumas das raças extraplanetárias que ainda hoje nos visitam e, sobretudo, da realidade espiritual do homem e do próprio universo, cedo ou tarde serão os agentes dessa transformação. Já usamos a Ufologia na busca de nossas verdadeiras origens materiais e chegou o momento de mergulharmos no mundo espiritual. Com certeza, ao fazermos isso, estaremos penetrando em um terreno perigoso, pois esta área foi, por muitas vezes, alvo de mistificadores e pessoas desequilibradas. No entanto, ao escrever meu último livro, UFOs, Espiritualidade e Reencarnação [Editora do Conhecimento, 2004] – o que realizei como um exercício definitivo de liberdade em busca do sentido maior de nossa natureza e existência – evidentemente tive que deixar de lado esse tipo de preocupação. Em primeiro lugar, devo ressaltar que minhas idéias e percepções sobre a realidade espiritual do homem e do universo não são fruto de uma visão religiosa ou mística, mas está alicerçada no mundo real, aquele que está emergindo inclusive de experimentos relacionados à física quântica e – por que não dizer? – das informações e experiências relacionadas aos contatos com representantes das civilizações alienígenas que nos visitam na atualidade e acompanham nossa humanidade desde as mais remotas eras. Uma viagem especial — Ao longo de minha vida, praticamente desde a infância, sempre senti que fazia parte de alguma coisa especial e que de certa forma tinha algo a realizar. Apesar de nunca ter me considerado um espírita, convivi com muitas pessoas desta linha filosófica, e algumas vezes recebi mensagens através delas, as quais reforçavam minhas percepções. Esta é uma revelação que pode chocar alguns dos leitores, mas que precisa ser feita. Apesar de ter recebido vários relatos dos ouvintes de minhas palestras alegando a presença de entidades ou seres não humanos nos ambientes em que as realizei – geralmente os chamados Grays, aqueles de baixa estatura, pele cinza, cabeças volumosas e olhos negros –, em momento algum fui contatado telepaticamente por eles ou tive alguma indicação de que buscassem alguma comunicação direta comigo, pelo menos de maneira objetiva. Mas não foram poucos os momentos em que realmente senti a presença de alguma coisa muito forte, ou mesmo de alguém, que de uma maneira ou outra parecia apoiar meu trabalho e até mesmo dirigi-lo, criando um rumo para minhas buscas. Como muitas das pessoas que hoje têm o privilégio de estarem encarnadas neste momento especial de nossa trajetória planetária, vivenciei momentos em que nada parecia fazer sentido – até minha própria atuação na área da Ufologia parecia não ter muita importância. Hoje percebo com maior clareza, justamente no momento em que escrevo estas linhas, que a origem dessas crises existenciais sempre estiveram associadas a um processo de afastamento daquilo que escolhi há muito como objetivo de minha vida. Um momento a ser descrito ocorreu no início de outubro de 2003, quando passei por uma dessas crises – da qual, sinceramente, não via como sair nem como a ela reagir. Na manhã do dia 08 daquele mês, uma terça-feira, viajei de carro para a cidade de Belo Horizonte, onde lançaria meu livro anterior, Contato Final - O Dia do Reencontro [Coleção Biblioteca Ufo, 2003]. Falando claramente, publicar tal obra naqueles dias não passava de um compromisso como outro qualquer. Mas alguma coisa mudaria essa situação. Após a conferência de lançamento e a sessão de autógrafos que se seguiu, resolvi que retornaria imediatamente para Conservatória (RJ), e saí da cidade dirigindo por volta das 23h00. Poderia ter pernoitado em Belo Horizonte e aguardado a manhã seguinte para regressar. Mas como normalmente não sinto sono à noite, mesmo após proferir uma palestra, decidi retornar naquele mesmo instante. Chego a ter dificuldade de dormir nas noites em que realizo minhas conferências, mas não estava mensurando, naquela noite de lançamento do livro, o cansaço físico que tinha acumulado nas últimas semanas, a partir de todo desgaste emocional que vinha passando em função das crises mencionadas. Dirigindo na contramão — As primeiras horas da viagem passaram sem maiores problemas. Mas por volta das 04h00 do dia seguinte, exausto, acabei pegando no sono ao volante e somente acordei dirigindo a cerca de 100 km/h na contramão, em uma grande reta existente na rodovia BR-393. Não posso ter certeza, mas acredito ter fechado os olhos por pouco tempo – quase o suficiente para causar um acidente que me mataria e talvez a outros motoristas. Apesar de nunca ter tido tendência suicida, lembro-me perfeitamente do meu primeiro pensamento ao acordar. Se tudo tivesse acabado naquela estrada, meu desaparecimento não faria muita diferença, pensei por um instante. Mas, em seguida, voltei meu pensamento para minha filha e minha mãe, e procurei um lugar para parar o carro, tomar um café, descansar uns minutos e seguir viagem. Depois de dirigir por mais 30 minutos, finalmente consegui achar um posto aberto. Entrei, tomei um copo de café e comi alguma coisa. Naquele momento, ainda de certa insanidade, julguei que já estava pronto para voltar ao volante e dirigir até minha residência. A estrada continuava deserta, mas felizmente havia parado de chover. Talvez nunca tenha me sentido tão sozinho quanto naquela viagem. Algo estava realmente errado. De uma maneira inexplicável – simplesmente não sei como e nem quando – passei pela cidade de Vassouras, no interior do Rio de Janeiro, a apenas alguns minutos de minha casa. Quando me dei conta, já estava chegando a um trecho bem conhecido, o trevo de Barra do Piraí, de onde parte a estrada que leva a Conservatória. Quilômetro após quilômetro, percebi que estava cada vez mais perto do lar e da segurança que ele oferece. Mas quase no final da descida de uma serra, a cerca de apenas 3 km de minha residência, adormeci de maneira definitiva ao volante. Desta vez, o carro passou por cima do meio-fio e saiu da estrada em direção a um barranco. Quando acordei, percebi que o veículo estava ainda em movimento, deslizando com a roda dianteira esquerda presa numa canaleta de escoamento de água lateral à pista. Após acordar, com um enorme susto, vi o automóvel ainda percorrer cerca de 50 m preso ao trilho que o segurava e impedia de tornar aquele um desastre ainda maior. O carro ia batendo no barranco, nos pontos aonde este chegava mais próximo da estrada. Não sofri um arranhão sequer, e quando cheguei em casa, com o próprio carro – depois dele ter sido recolocado na estrada com a ajuda de conhecidos que passavam pelo local –, fui deitar sem refletir sobre tudo o que havia ocorrido naquela noite. Em determinado momento, minha mãe entrou no quarto e, vendo que eu não estava dormindo, disse que não sabia em quem ou no quê eu acreditava, mas que deveria agradecer por estar vivo e ileso de duas quase tragédias durante a fatídica viagem. Nos dias que se seguiram comecei a perceber que, por mais que aquela estrada me parecesse deserta, em nenhum momento eu estivera sozinho. Essa reflexão teria imensa importância em minha vida, como descobrira logo após. Médium espírita — Dias depois desses acontecimentos fui à cidade do Rio de Janeiro a negócios e, após a formulação de rotinas de trabalho do meu projeto Contato – que, sem dúvida, começou a nascer durante aquela viagem –, encontrei-me com o ufólogo e biólogo Orlando de Souza Barbosa Júnior, num bar situado no bairro da Tijuca, para discutir com ele minhas novas idéias. Estavam presentes nessa reunião informal, além do próprio, um amigo do pesquisador, que vim saber depois que era médium de um centro espírita próximo, e o pesquisador Renato Travassos, do meu grupo, a Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU). Quando comecei a contar ao grupo o que tinha acontecido naquela noite, me referindo especificamente à batida com o carro no barranco próximo de casa, o médium me interrompeu. Fez menção à presença de um gray que, segundo ele, estaria ali próximo de nós, num outro nível dimensional. Em seguida, de maneira surpreendente, o rapaz revelou todos os detalhes ocorridos durante a viagem, fazendo menção inclusive ao primeiro momento em que eu havia dormido. Após isso, descreveu geograficamente e com precisão o local onde eu tinha adormecido pela segunda vez, levando o carro a colidir com o já referido barranco. Para finalizar, o médium, sem dar qualquer explicação da origem das informações que estava passando, revelou ainda que eu havia sido poupado – pois “tinha ainda algo de importante a realizar”, segundo disse. Posso dizer francamente que comecei a nascer novamente naquela noite, e principalmente a assumir totalmente aquilo que considero como uma de minhas maiores responsabilidades nesta vida. Quando isso aconteceu, senti que havia chegado o momento de alargar minha percepção da realidade, do universo e até mesmo da própria natureza humana – e senti que precisava repartir isso com mais pessoas. Experiências profundas como esta nos levam a muitas conclusões. Uma delas, até anterior aos fatos narrados, é a de que quanto mais nossa ciência avança em suas tentativas de compreender aquilo que os instrumentos de nossa limitada tecnologia nos permitem observar, mais nos aproximamos da constatação de algo realmente transcendente – e não mensurável em termos físicos. Seria na realidade a força inspiradora de tudo aquilo que podemos visualizar através de nossos telescópios ou detectar através de outros instrumentos, nos vários níveis do espectro eletromagnético. Essa realidade já vinha sendo revelada há muitas décadas por cientistas como Albert Einstein, Max Planck e tantos outros que os seguiram. Planck, por exemplo, muitas décadas atrás, já dizia: “Como uma pessoa que dedicou toda sua vida à ciência mais exata, aquela que estuda a matéria, não posso ser acusado de tendências místicas. Por isso lhes digo que toda a matéria somente surge e existe por meio de uma força que faz as partículas atômicas vibrarem, conservando-as como sistemas estelares em miniatura, o átomo”. Invisível ao olho humano — Planck, apesar de garantir, na mesma afirmação, que não tinha tendências místicas, encerrou seu pensamento de forma no mínimo incomum: “Suspeito que por trás desta força há um espírito consciente e inteligente. Este espírito é a origem de toda a matéria”. Não é minha pretensão negar os avanços já realizados na busca da origem de nosso universo e de uma melhor compreensão de sua natureza, mas precisamos ter em mente que estivemos até o momento apenas olhando um reflexo dele, no máximo algo resultante da interação e existência de outros níveis de realidade. A visão materialista ou mecanicista do universo deixou há muito tempo de fazer sentido. Na mais ínfima partícula subatômica, em cada um de nós, nos planetas de nosso Sistema Solar ou nas estrelas das galáxias mais distantes, podemos encontrar – se soubermos realmente enxergar – os sinais da existência de algo transcendente, que une tudo e a todos nós de uma maneira muito especial. É uma forma de inteligência, um espírito que permeia tudo e que na verdade é tudo, já que nada existe, se organiza ou se estrutura sem a sua existência e presença. Assim, o espírito consciente e inteligente de Planck nos permite ver um sentido maior em qualquer forma de individualização, seja em nosso universo ou em qualquer outro, como prescreve a física quântica. Em 1982, o físico francês Alain Aspect constatou de maneira definitiva esta realidade, mostrando, por exemplo, que existe uma inexplicável correlação entre dois fótons ou dois “grãos de luz” que se afastam um do outro em direções opostas. Toda vez que se modifica a polaridade de um dos dois fótons, o outro parece imediatamente “saber” o que aconteceu com seu “companheiro”, e sofre instantaneamente a mesma alteração de polaridade. Qual seria a explicação para este fenômeno em termos físicos? A primeira delas supõe que o fóton A de alguma maneira “informaria” o que se passa ao fóton B, graças a um sinal que vai de um ao outro numa velocidade superior à da luz. Apesar de ter conseguido alguma adesão, esta interpretação para o fenômeno hoje já não é tão bem considerada. A maioria dos cientistas da atualidade prefere acatar como explicação aquilo que o físico Niels Bohr chamava de “indivisibilidade do quantum de ação”, ou ainda, “inseparabilidade da experiência quântica”. Falando claramente, apesar de separados por bilhões de quilômetros, os dois fótons continuam fazendo parte de uma única realidade. O que acontece a um deles, de uma maneira ou outra, passa a fazer parte do “conhecimento” e “memória” do outro. Em minha visão pessoal, passa a fazer parte da memória da grande estrutura que chamamos de universo. Exemplos deste tipo podem ser encontrados noutras áreas de nosso conhecimento, com nomes e terminologias distintas, onde a mesma realidade vem sendo apresentada por aqueles que conseguem enxergar um pouco além da materialidade das coisas, deixando de lado noções incapazes de explicar os fenômenos básicos ligados à evolução da matéria e da própria vida. Um destes investigadores de vanguarda é Rupert Sheldrake, bioquímico da Universidade de Cambridge, autor dos livros A New Science of Life [Uma nova Ciência da Vida, 1981] e The Presence of the Past [A Presença do Passado, 1988], e criador da idéia da “ressonância mórfica”. Sheldrake defende a existência de sistemas auto-organizadores em todos os níveis de complexibilidade possíveis, incluindo moléculas, cristais, células, tecidos, organismos e sociedades de organismos. Para ele, a partir do surgimento de um determinado padrão de organização – seja em níveis físico-químicos, biológicos ou mesmo comportamentais, dentro de sociedades de organismos vivos –, estes padrões tendem a ser repetidos através do que se chama ressonância mórfica, uma espécie de memória preservada que passa a interferir e a gerir os fenômenos, inclusive em níveis cósmicos. Criar novas substâncias — Este autor apresenta uma série de exemplos que parecem confirmar as idéias de Sheldrake. Entre eles podemos citar um fato bem conhecido nos meios acadêmicos, relativo às dificuldades encontradas inicialmente nas tentativas de se criar novas substâncias, mas que, a partir do primeiro sucesso, como que insolitamente, desencadeiam e permitem a pesquisadores em diferentes partes do mundo repetirem a proeza – e eles conseguem cristalizar os novos produtos com facilidade. Sheldrake chegou a perceber que determinados padrões de comportamento de sociedades de insetos e animais desenvolvidos num específico momento histórico passam a ser duplicados por outros grupos similares, também em partes distintas do planeta, sem que haja qualquer forma de contato físico. A festejada idéia da memória genética não elucida casos desse tipo, e certamente a explicação é algo mais transcendente e relacionada à própria natureza da vida e do universo. Todas as tentativas feitas em vários momentos de nossa história de separar o homem do universo, como se este último fosse algo criado para ele, dentro de conceituações supostamente científicas, evidentemente carecem de uma base de realidade – por mais que a verdadeira realidade possa nos parecer cada vez mais um sonho, algo que ainda nos escapa. No universo real mostrado pela física quântica, mais místico do que qualquer noção idealizada pelos visionários e religiosos, um simples observador altera e interfere leis matemáticas e estatísticas. Neste universo – digamos – “irreal”, os sinais de um espírito inteligente e de uma consciência que a tudo permeia estão por toda parte. Para alguns físicos, as partículas elementares, antes de serem objetos definidos, são na realidade o resultado, sempre provisório, de interações incessantes entre campos imateriais. Assim, antes de aceitarmos o acaso como explicação para aquilo que não conseguimos entender numa visão materialista – e não estou falando apenas da chamada matéria inerte, mas vislumbrando os grandes problemas da origem da vida e sua evolução –, temos que perceber e buscar outras respostas, por mais que possam ser consideradas místicas ou não-científicas numa visão superficial. Da mesma maneira que as condições geradoras do Big Bang teriam surgido por acaso, o salto da evolução química para a biológica ainda é alicerçado numa série de “milagres”, na falta de um termo melhor. Leis químicas e físicas tiveram que ser vencidas para que tal salto ocorresse, e estou certo de que o acaso também não foi o agente inspirador. O próprio universo material, em sua estruturação, está alicerçado num número razoável de constantes, e teria bastado uma ínfima variação nos valores de apenas uma delas para que ele não existisse. Um bom exemplo disso foi a densidade inicial do universo, crítica no seu processo de formação. Existe uma programação estabelecida que faz com que este continue evoluindo em busca de estágios maiores de complexibilidade e consciência. Não podemos continuar a admitir que foi por acaso que surgiu a base da vida, o chamado DNA ou os primeiros organismos unicelulares. Uma célula possui 20 aminoácidos, cuja função depende de cerca de 2 mil enzimas específicas. Os biólogos chegaram à conclusão de que as possibilidades deste vasto número de enzimas se aproximarem de modo ordenado, até darem origem a um organismo unicelular. É um número da ordem de 10, seguido de mil zeros contra um. Ou seja, algo não mensurável. Misteriosa origem da vida — O prêmio Nobel Francis Crick, descobridor da estrutura molecular do DNA, chegou a firmar que “um homem sensato, armado de todo o saber à sua disposição, teria a obrigação de afirmar que a origem da vida parece um milagre, tantas são as condições que precisaria reunir para viabilizá-la”. Mas, apesar disso, tais condições acabaram por ser criadas nos pontos onde a vida surgiu de início no universo, e em seguida se espalhou através do fenômeno conhecido como ressonância mórfica, se quisermos utilizar a terminologia empregada por Sheldrake. A vida parece fazer parte do próprio processo evolutivo do universo, que, entretanto, seria gerenciado pela mesma consciência e inteligência que emerge de outro nível de existência, do qual nossos espíritos parecem ser células, atuando para sua evolução. Em cada um de nós estão a memória e a consciência deste universo, até porque estamos encarnando em níveis progressivamente superiores de consciência desde os primeiros momentos que sucederam o Big Bang. Falando mais claramente, nossas primeiras vidas no mundo material – ou encarnações – estão associadas às primeiras partículas elementares que surgiram após a grande explosão, que mais tarde formariam os átomos. Mas também somos responsáveis pela criação de novos padrões que, ao serem desenvolvidos, passam a fazer parte desta “memória” maior, gerando a evolução. Existimos para isso. Mas temos que ter em mente que, por mais que o Cosmos permita este nível de individualização, continuaremos a fazer parte de um todo em um amplo e eterno processo de interação. Somos o universo e este é cada um de nós. Nessa visão do universo uma série de fenômenos pode ganhar nova interpretação e explicação. O processo de troca de informações entre partículas ou células dessa estrutura tem que ser inspirado nos mesmos princípios, tanto entre si como com a totalidade. Diante dessa proposta, qual seria a diferença entre a telepatia dos fótons e a que existe entre qualquer um de nós? Ou mesmo entre representantes das avançadas civilizações extraterrestres que nos contatam e membros de nossa humanidade? Em minha visão, simplesmente nenhuma. Quando qualquer um de nós estabelece alguma espécie de vínculo mental ou telepático com os seres alienígenas, geralmente por interferência dos últimos, o contato que está sendo estabelecido é na verdade entre duas partes ou partículas da mesma estrutura – ser, entidade ou do próprio Cosmos. É importante que se ressalte que este vínculo acontece no nível da “matéria” espiritual, da essência básica responsável, como já declaramos, pela própria estruturação física do universo. Processos de incorporação — Fenômenos como a mediunidade, processos de incorporação, curas através da fé e mesmo as chamadas cirurgias espirituais fazem parte desta realidade, sem que tenhamos que recorrer a qualquer crença. Pelo contrário, existe uma lógica nestes fenômenos, frente à própria natureza do universo. Se a realidade de um fenômeno – ou a existência de qualquer coisa – possui um vínculo com um simples observador, como prescreve a própria teoria quântica, quais seriam os limites para as partículas, células, entidades ou seres, que já possuem níveis de consciência superior? O que não poderiam realizar manipulando a própria base de estruturação do universo? Este é o grande salto que nossa ciência dará cedo ou tarde. É necessário que a humanidade terrestre mergulhe noutros níveis de realidade, o que certamente acontecerá através do espírito – como foi revelado em alguns dos casos mais importantes da Ufologia, tais como as experiências mantidas pelo general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa e seu grupo, no município de Alexânia (GO), e os contatos da norte-americana Betty Andreasson. A “dimensão espiritual” que nos é mostrada através dos contatos ufológicos não pode continuar a ser negada por aqueles que se dizem “sérios” em nossa área – os chamados ufólogos científicos –, deixando o assunto para pessoas que algumas vezes só trazem descrença para este outro espectro da realidade. Nossa sociedade planetária vem sendo alvo de um acompanhamento por parte de várias civilizações extraterrestres desde seu estabelecimento no planeta. Existe um grupo delas, como já demonstramos em nossos livros, que seria responsável por nossa própria presença no planeta, segundo informações que transmitiram aqueles que já o contataram. Na verdade, já sabemos, seríamos descendentes deles, resultantes de um processo de colonização que teria ocorrido na Terra. Ainda segundo essas mesmas informações, em determinado momento de nosso passado remoto, devido ao aumento da atividade solar, a raça aqui implantada por seres extraterrestres teria sido totalmente destruída. Os poucos sobreviventes desse processo acabaram por gerar uma descendência degenerada dos colonizadores, em termos biológicos, a partir de uma série de mutações genéticas. Após o momento que chamo de queda do homem, depois do Sol voltar a um estágio de equilíbrio, aquelas civilizações responsáveis por nossa presença no planeta iniciaram outro processo, desta vez de intervenção genética nos descendentes degenerados do cataclismo, visando sua recuperação biológica e a restauração de nossa humanidade, que ainda hoje está em curso. Contatos recorrentes — Os aliens chamados grays, que ainda são tidos por alguns pesquisadores como representantes do aspecto negativo do fenômeno ufológico, a partir de uma visão superficial e simplista, parecem desempenhar um papel fundamental neste processo de restabelecimento de nossa raça, justamente sob o comando daqueles seres cujas civilizações estão relacionadas à nossa origem. Pesquisas em andamento revelam que tais seres estão interferindo em nossa evolução através de contatos recorrentes com humanos, que acontecem ainda em sua infância e se estendem pelo resto de suas vidas. Desde o passado remoto de nossa civilização, os ETs parecem ter selecionado determinadas linhagens humanas para serem o objeto de um experimento genético em larga escala, visando o restabelecimento biológico da humanidade terrestre. O contato que esses seres fazem conosco passa de geração em geração, junto com nosso material genético, herdado em sucessivas encarnações. As técnicas de hipnose empregadas em abduzidos revelam que pelo menos um dos pais de cada pessoa seqüestrada por esses seres, em nosso tempo, já vinha passando por este processo, como também um dos descendentes vivenciará esta realidade. Mas estamos apenas no limiar de conhecer as implicações desses contatos, pois o acompanhamento exercido pelos grays em relação à evolução de nossa humanidade não se esgota nos parâmetros físicos de nossa existência. Muitos abduzidos foram levados a bordo de naves alienígenas para perceberem essa nova “realidade espiritual” e tiveram oportunidade, de maneira surpreendente, de observar cenas de suas vidas passadas, outras encarnações, numa espécie de tela de tevê ou de cinema. O componente espiritual da mensagem trazida por esses seres foi ficando cada vez mais evidente com o passar dos anos. As próprias hipnoses passaram a indicar que os abduzidos de nosso tempo já vinham passando por esse processo em encarnações anteriores. Os seres extraterrestres que nos visitam querem nos mostrar algo transcendente. Querem que saibamos que somos seres multidimensionais, como o próprio universo. Estamos sendo preparados para um processo de reintegração a uma espécie de comunidade cósmica da qual nos afastamos no passado, mas é necessário que a humanidade desperte para sua realidade espiritual. Dentro de pouco tempo, a partir de suas intervenções em nossa estrutura genética, estaremos gerando corpos que não mais se limitarão às lembranças de nossas vidas pregressas, nossas outras encarnações, mas, sobretudo às memórias de nossa casa, a matriz espiritual deste universo. |
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