O líder revolucionário cubano Fidel Castro levou na sexta-feira à chancelaria do país o seu alerta sobre uma guerra nuclear iminente, na sua quinta aparição pública em dez dias. Até a semana passada, ele havia ficado quatro anos sem ser visto em público, aparecendo apenas eventualmente em vídeos e fotos, quando recebia visitantes estrangeiros.
Após governar o país por mais de 49 anos, ele ficou doente em 2006 e transferiu o poder ao seu irmão Raúl. Em suas recentes aparições públicas, Fidel tem falado repetidamente sobre a ameaça de uma guerra nuclear envolvendo os EUA e Israel contra o Irã. Tem previsto também que Washington atacará a Coreia do Norte.
O site www.cubadebate.cu disse que Fidel foi na sexta-feira a um encontro com embaixadores cubanos na sede da chancelaria, em Havana, e que o evento seria mostrado no telejornal noturno. A reportagem informou que Fidel, de 83 anos, conversou com os diplomatas por 90 minutos e lhes mostrou reportagens e análises políticas para embasar suas previsões. Também respondeu a perguntas.
Segundo o site, funcionários da chancelaria e moradores das redondezas se despediram dele com "uma prolongada ovação e 'vivas' emotivos." Há várias teorias sobre a motivação de Fidel para voltar à vida pública, num momento em que o governo de Raúl Castro negocia com a Igreja Católica a libertação de dezenas de presos políticos na ilha.
Para alguns, ele está querendo passar uma mensagem de estabilidade a respeito do regime; outros acham que ele está mesmo preocupado com uma guerra nuclear, e há quem diga que ele simplesmente quis voltar aos holofotes. Outra especulação é de que Raúl Castro estaria doente, e que Fidel estaria se preparando para reassumir o poder.
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