Quem Foi ?
Alain Touraine tornou-se conhecido por ter sido o pai da expressão "sociedade pós-industrial". Seu trabalho é baseado na "sociologia de acção" e seu principal ponto de interesse tem sido o estudo dos movimentos sociais. Touraine acredita que a sociedade molda o seu futuro através de mecanismos estruturais e das suas próprias lutas sociais. Tem estudado e escrito acerca dos movimentos de trabalhadores em todo o mundo.
Touraine ganhou imensa popularidade na América Latina bem como na Europa Continental. No entanto, esse reconhecimento tem tardado a chegar dos países do mundo anglo-saxão. De cerca de vinte livros que publicou, menos da metade foi traduzida para a Língua Inglesa
Suas Obras
Em seus livros, Touraine aponta para as transformações pelas quais a sociedade moderna e industrial vem passando. Trava diálogos com os autores clássicos da sociologia como Durkheim e Marx - com este último, sobre as novas formas de conflitos sociais.
Touraine faz parte de uma linha teórica denominada pós-moderna, ainda que critique a mesma em alguns pontos e de fato não assuma todas as teses dessa vertente, como algumas asserções a respeito do fim da história, fim dos conflitos e principalmente da inviabilidade da compreensão racional dos mecanismo sociais. Para Touraine, a sociedade pós-industrial, longe de acabar com os conflitos, generaliza-os.
Em “A sociedade pós-industrial", afirma que a sociologia não é fruto da revolução industrial, mas somente se consolidou a partir da segunda metade do século XIX, quando a sociedade passa a ter um maior controle dos mecanismos econômicos surgidos com as revoluções industriais, os quais, no momento de seu surgimento, levaram às construções teóricas do início do século XIX que identificavam um desenvolvimento econômico intervindo na organização social. Com a retomada do controle social das mudanças econômicas é que, portanto, a sociologia pode se constituir numa ciência que não mais fetichizava o social, tal como o indivíduo da filosofia. Passa-se da identificação de uma natureza social para o reconhecimento da historicidade, ou seja, da ação social e da capacidade desta em direcionar o desenvolvimento do conjunto da sociedade.
É sob estas premissas que Touraine fala da sociologia de uma sociedade pós-industrial.
Com os primórdios do desenvolvimento industrial, a empresa capitalista e o proletariado eram de fato os elementos centrais na transformação social e política.
Porém na sociedade pós-industrial, segundo o autor, esta centralidade da indústria - e, portanto, do fator econômico produtivo - se perde. Nesta nova sociedade, o conhecimento e a informação passam a constituir elementos chaves na produção.
Os conflitos sociais, da mesma maneira, não se concentram mais no elemento econômico. Apesar dos conflitos de classe não desaparecerem (a indústria não desaparece), a relação trabalhador-patronato não detém mais a proeminência de outrora. Isto, principalmente, pelo fato destes conflitos de classes terem, de uma forma geral, se insitucionalizado, abrindo espaço para outras reivindicações sociais, agora não mais econômicas, mas destacadamente culturais: surgem os movimentos feministas, de homossexuais, estudantil, etc.
Os laços que unem estes novos movimentos são mais comunitários e localizados, apesar de uma abrangência socialmente ampla. Se permanecerem reivindicações localizadas e restritas não se constituem, segundo Touraine, em movimentos sociais propriamente ditos. Para tanto devem adquirir um destaque mais amplo e nacional. A direção para a qual devem caminhar tais movimentos são as instituições e, portanto, o âmbito das decisões políticas. A sociedade, segundo Touraine, deve lutar para democratizar o acesso aos mecanismos decisórios da política.
Daí a importância que este autor dá ao tema da alienação - esta, pautada pela participação dependente, ou seja, a integração dos indivíduos no jogo dos aparelhos dominantes que visam impor um modelo de desenvolvimento econômico sob um aspecto impessoal, de forma a aparecer como única alternativa possível e no interesse de toda a sociedade. Os termos de que Touraine se utiliza para descrever esta alienação são a integração, a manipulação e a sedução.
InfoWorld:
Eu coloquei mais ou menos a história dele, porque achei interessante as idéia que ele têm sobre a nossa sociedade, fala sobre a alienação, ele acredita que o nosso mundo pode muito bem conviver sem líderes, políticos e etc.. [...] e eu também acredito nisso.
É claro que não são os políticos que mandam, eles são apenas mariontes, realmente quem manda são os banqueiros, praticamente os donos do dinheiro, a "elite"...
Vivemos em uma sociedade onde o dinheiro é o poder, ou seja, quem têm muito mais muito dinheiro é que é considerado uma pessoa poderosa... Essas pessoas que dizem que o dinheiro é que traz a felicidade, está errada, porque algumas pessoas, não são todas mas a grande maioria, é inseguro, não têm amor, acho que também é infeliz, só faz amigos interessado no seu dinheiro e etc...
É isso que eu acho, espero que vocês tenham gostado da história do Alain!
Obrigado
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