28 de novembro de 2008

Círculo encontrado em Sobradinho é fraude !

Novos círculos continuam surgindo misteriosamente em plantações de trigo, no interior do Brasil. Infelizmente, nem todos são verdadeiros, ou seja, feitos pelos nossos visitantes extraterrestres, e sim, falsos, que mostram o desrespeito que algumas pessoas têm com relação a um assunto tão sério. Entre os encontrados em Santa Catarina, alguns já foram comprovados a fraude, em especial aos de Faxinal dos Guedes e Xanxerê, onde, inclusive, foi encontrado o instrumento de trabalho dos farsantes. Agora, é a vez o Rio Grande do Sul. Uma lavoura de trigo localizada na Granja do Silêncio, interior de Sobradinho, amanheceu na quinta-feira, 20 de novembro, com um círculo largo e um ponto central. A marca tem formas parecidas com as encontradas em Ipuaçu, Ouro Verde e Formosa do Sul, e foi descoberta à beira da rodovia RS-400, chamando atenção e despertando a curiosidade dos motoristas que por lá passaram.

O círculo na plantação de trigo mede aproximadamente 10 m de diâmetro. A área fica a cerca de cinco quilômetros da cidade e não apresenta sinais recentes da entrada de trator, pois a cultura já está em fase de colheita. O arrendatário da terra, Marcus Vinícius Librelotto, explicou que não foi feito nenhum tipo de trabalho na lavoura recentemente. Há cerca de 30 dias, precisou aplicar produtos de tratamento na plantação. Depois disso, só esteve lá para avaliar quando iria colher - o que faria neste final de semana. O fato gerou muitos comentários entre os moradores da cidade de Passa Sete e Sobradinho, que disseram, com convicção, de que seria uma visita de extraterrestres.
O círculo apresenta características bastante distintas dos encontrados em Sc


O trigo não foi amassado como dos outros agroglífos
Preocupados com a veracidade deste novo círculo, a Equipe UFO, em parceria com o Núcleo de Estudos Ufológicos de Santa Cruz do Sul (NEUS), representados pelos ufólogos Rafael Amorim e Fernanda Karls, foram até a região para investigar o caso, colher testemunhos e material para análise. Quando chegaram ao local, a marca já estava quase toda desfigurada, devido ao grande número de curiosos que não respeitaram as barreiras colocadas na lavoura pelo proprietário. “Os curiosos são uma das ameaças a este tipo de evidência. Apesar de nosso apelo, por telefone, ao dono da fazenda para que evitasse o acesso de pessoas no local, que para colaborar abriu um caminho ao lado do suposto agroglífo, mesmo assim, os visitantes, como de costume, desrespeitaram o acesso, desfigurando o local”, disse o ufólogo.

“De imediato constatamos que se tratava de algo feito pela mão humana”, enfatizou Amorim. O círculo encontrado apresentava características totalmente irregulares, com dois anéis medindo 1, 20 m de espessura e 80 cm de distância um do outro. No centro, um pequeno círculo feito nitidamente com os pés, de 1,90 m. “Este não apresentava as características normais dos agroglífos de Ipuaçu, pois o trigo convergia deitado para diferentes lados, a dobra de cada fio de trigo estava irregular, muitas vezes quebrada, e acima de 12 cm da raiz e seu vértice é de 90 a 100 graus, muito aberto” relatou Amorim.
Detalhe das dobras nos ramos de trigo
O ufólogo conversou com o senhor Juraci Friederich, que mora na propriedade ao lado de onde foi encontrado o círculo. A testemunha falou que na noite anterior não notou nada de diferente, como luzes ou barulhos pela região, afirmando que, na ocasião, ficou até mais tarde do lado de fora da sua casa. Outros moradores também confirmaram que não viram nada de diferente, mas que na manhã seguinte, o campo já estava sob o olhar de curiosos, que observavam da estrada o agroglífo. “O que soma este fato para nós estudiosos da Ufologia é o comparativo que podemos fazer entre os mais intrigantes sinais deixados em outras plantações de trigo e as fraudes infelizes como esta de Sobradinho. Assim, nada é desperdiçado em nossa busca por explicações. É uma pena que ainda existam pessoas que brincam com isso. Deveriam usar seu senso de humor com coisas menos dispendiosas para nós pesquisadores. Mas, enfim, continuamos à caça”, finalizou Rafael Amorim.

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