23 de novembro de 2008

Dados e análises dos círculos de Ipuaçu serão comparados com os da Inglaterra

Ufólogo Carlos Machado da Revista UFO destaca associação entre os círculos e testemunhos de pessoas que viram UFOs na região



Com o aparecimento de quatro agroglífos, ou círculos ingleses, como são conhecidos popularmente – três em Ipuaçu e um Ouro Verde -, entre os dias 09 e 18 de novembro, considerados sinais da presença alienígena na Terra pelos ufólogos A. J. Gevaerd e Carlos Alberto Machado, e diversos relatórios de pessoas que dizem ter visto UFOs em diferentes lugares, a opinião pública da região viveu dias de muita curiosidade e alguma apreensão, além de ocupar espaço na imprensa regional, estadual e nacional. A existência ou não de ETs e a discussão em torno do significado dos círculos que surgiram em meio a lavouras de cereais dominaram o noticiário e reacenderam na região um debate que, ao longo dos anos, reuniu no mundo todo argumentos prós e contras à vida em outros planetas e a existência de seres de inteligência superior e com formas de vida diferentes da humana.
A curiosidade e ansiedade despertadas podem ser avaliadas pela presença de milhares de pessoas no Bairro Veneza, em Xanxerê, durante o dia de domingo, 16 de novembro, para ver de perto um falso círculo encontrado em uma lavoura de trigo, cuja fraude foi comprovada pelos ufólogos Gevaerd e Machado, além de ter sido encontrado no local um objeto - garrafas plásticas cheias de areia unidas pelo gargalo por um cabo-de-vassoura - certamente utilizado para amassar a palha, tentando imitar um círculo inglês. O mesmo tipo de objeto foi encontrado em outra fraude, esta em Faxinal dos Guedes, às margens da BR-282, na manhã de terça-feira, 18 de novembro.

Carlos Alberto Machado, consultor da Revista UFO, está investigando o caso dos agroglífos de SC

Gevaerd, editor da Revista UFO, é considerado um dos mais atentos conhecedores e estudiosos brasileiros a respeito do assunto. O ufólogo faz parte da Comunidade Mundial de Ufólogos e já esteve pessoalmente na Inglaterra, onde os círculos surgiram há mais de 25 anos e onde até hoje são registrados, em média, cerca de 200 casos por ano. Ele relatou o episódio de Ipuaçu em matéria publicadas em sites ingleses direcionados a casos de aparições de círculos, onde pela primeira vez foram registrados no Brasil, e foram vistos em países do mundo todo. Em três dias, o site registrou acesso de mais de 9,6 mil internautas depois da publicação da matéria de Ipuaçu. O Ufólogo Carlos Machado, consultor da Revista UFO, que esteve na região depois da vinda do editor, colheu mais material e depoimentos de pessoas.

Ele frisa que o especialista em círculos ingleses é o Gevaerd, mas adianta uma característica comum em agroglífos: “A dobra do trigo sempre pouco acima do final da raiz. Isso é uma coisa que nós percebemos logo de cara. Os agroglífos brasileiros têm as mesmas características dos ingleses. Na brincadeira que o pessoal fez em Xanxerê, eles forçaram a raiz para baixo e, com isso, forçou o pé todo. Nos círculos verdadeiros a raiz continua intacta e o caule sai para fora um pouco, é padrão. A única diferença que eu notei nos quatro círculos, foi no último de Ipuaçu, que era um pouco menor. Ele estava no sentido anti-horário, ao contrário dos outros três, mas são detalhes que não são relevantes”.

Forma espiral do círculo

Machado lembra que na Inglaterra surgem quase 200 círculos por ano. “Imagina se fosse gente que estivesse fazendo isso, quantas pessoas estariam envolvidas. Lá, os círculos ocorrem praticamente durante todo o ano, em épocas diferentes. Mas como em qualquer pesquisa científica, nós ainda não podemos afirmar nada, com certeza, a respeito desses círculos, isso seria especulação”. O ufólogo destaca um detalhe que considera interessante nos casos ocorridos em Ipuaçu e Ouro Verde. “Além dos círculos, as pessoas também estão vendo objetos voadores. Entrevistei pessoas que não tinham visto e nem sabiam dos círculos, mas viram UFOs sobrevoando a região. Então eles não tinham condições de serem influenciados pelo burburinho. O número é gritante de pessoas que tem ligado para as rádios e jornais da região, então é difícil não relacionar os UFOs com os agroglífos”, conta Machado.

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