Ilustração
Em janeiro de 1978, alugamos uma casinha num condomínio em Mangaratiba no Rio de Janeiro. Algumas pessoas me indagavam se já teria visto um satélite, o qual passava todas as noites no mesmo horário. Ficando curiosa passei a olhar para o lindo céu que se apresentava todas as noites. Meus olhos passaram então, a percorrer o céu automaticamente, assim que escurecia e quando podia.
Num determinado dia saindo do banho, ao chegar ao quarto, vi minha mãe e minha irmã conversando na janela com a vizinha e seu casal de filhos. Aproximei-me e comecei a participar da conversa, já que as casas eram muito próximas.
Comecei a olhar para o céu, quando vi uma luz vermelha intensa e arredondada passando a uma distância relativa de nossas cabeças, nem muito baixo, nem muito alto como os aviões costumavam passar. Perguntei a todos se seria um satélite. Como a janela era muito grande e baixa, nos inclinamos para ver melhor, e os vizinhos saíram da porta para o pequeno pátio.
Estranhamente o objeto começou a dar marcha ré, e normalmente questionei se um satélite poderia andar para trás. Neste exato momento a luz vermelha começou fazer um movimento de ziguezague numa enorme velocidade e caiu no mar numa velocidade maior ainda.
Minha mãe, apavorada, me puxou para fechar a janela, enquanto gritava para os vizinhos entrarem. Meu braço ficou arranhado, mesmo assim coloquei a roupa rapidamente e fui para a porta da frente olhar o mar.
O objeto estava lá, parado bem no meio da pequena enseada, dando a impressão de boiar.
Nesta altura meu pai chegou e começou a observá-lo comigo. Eram mais ou menos dezenove horas. Desembaracei meu cabelo olhando para a luz estranha, fui jantar e voltei, e o objeto continuava lá.
Fechamos a casa por volta das vinte e três horas. Estava um dia muito quente, e o interessante é que o objeto continuava boiando no mar.
Fiquei na expectativa que esta luz voasse e sumisse, pois este estranho objeto veio nitidamente para cima de nós, dando a impressão que se descontrolou ao mudar sua trajetória no sentido contrário.
No dia seguinte, não havia nada no mar. Outras pessoas comentaram que também tinham visto esta luz, mas o que poderíamos fazer naqueles tempos? Onde relatar o fato? A quem recorrer? Quem se importaria com este fato naquela época? Quem acreditaria naquele tempo?
Meu pai colheu o relato dos envolvidos separadamente, e todos descreveram o mesmo fato. Os relatos foram idênticos. Todos viram a mesma seqüência de fatos.
Não houve nenhum comentário na mídia, nem sobre queda de satélite, nem de meteoro e nem de queda de avião.
Não houve nenhuma movimentação das forças armadas e nem de policias. Não houveram mais avistamentos durante aquelas férias e tudo pareceu voltar ao normal.
Passado algum tempo que não sei precisar, acho que no máximo um ano, abrimos a revista Manchete e a foto do que vimos estava lá publicado. Alguém voltando de Angra dos Reis, numa noite clara, se surpreendeu, e como tinha uma boa máquina fotográfica na mão, talvez uma máquina profissional, registro o fato.
Reconheci claramente o que avistei naquela foto, e o local era o mesmo, pois reconheci o trecho da estrada. É uma das melhores fotos que já vi até hoje. O objeto estava perto do nível do chão, e bem perto de beira da praia, mas não dava a impressão de estar pousado e sim flutuando. Então percebi que este era mais alongado do que arredondado, mas com certeza avermelhado fluorescente.
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