Interessante teoria propõe investigações que podem levar a outras alternativas de pesquisa dos Crop Circles
Um dos fenômenos sem explicações demonstráveis que mais atrai nossa atenção é, sem dúvida, os círculos nos campos de trigo, chamados de agroglifos, agrogramas ou os famosos crop circles [cultura dos círculos], que se dão na Inglaterra principalmente, mas surgem nos mais variados países. Estes surpreendentes e magníficos desenhos foram mundialmente percebidos nos anos 80, despertando a curiosidade de muita gente, inclusive do governo britânico. É sabido que aproximadamente de 80 a 85% deles são feitos por hábeis mãos humanas, através de um grupo especializado denominado circlemakers [fabricantes de círculos] e outros, que utilizam-se deste peculiar hobby. No entanto, restam as sobras, ou seja, no mínimo 10% dos agroglifos não possuem resolução, conclusão ou provas de suas origens. Entre as teorias e suposições propostas nestas décadas para a explicação do fenômeno, temos: desordem química no solo devido à abundância de fertilizantes, no subsolo devido ao calor ou modificações químicas abaixo da superfície, a ação de um fungo caprichoso chamado micélio anular, micro explosões, fatores meteorológicos que incluem ventos e tornados, dentre eles os relâmpagos globulares e uma possível atividade secreta militar mediante satélites ou energias de testes, disparadas desde o espaço.
Papiro Gulezian, egípcio, onde círculos de diferentes tamanhos indicam notas musicais
A hipótese extraterrestre obviamente se inclui entre as possibilidades e provavelmente é a que mais gostaríamos de pensar que seja a adequada. No entanto, as tentativas de elucidação e comprovação mostram-se longe de respostas e, a cada nova peça encaixada, outras perguntas surgem, assim como em todos os campos do conhecimento. Neste artigo tentaremos incluir nas pesquisas dos crop circles outra ótica de metodologia, devemos primeiro tratar de compreender o que são realmente estes formosos desenhos e, sobretudo, para que são construídos. Para isto devemos ingressar ao campo da semiologia e semiótica, que procura estudar a estrutura e o funcionamento dos sistemas de signos e linguagens como, por exemplo a lógica, a lingüística, a matemática e ainda, mesmo que possa parecer inicialmente inverossímil: a música e ondas sonoras. A semiótica conjuntamente com a semântica, aquela que procura o significado daqueles signos, conjuntamente deveriam estabelecer a relação lógica simbólica daquelas maravilhosas formações. Para isto formulamos a seguinte pergunta: o que há em comum nos agroglifos?
Veja este impressionante vídeo de uma experiência científica, intitulado "A física do som e seu poder, criando formas", clicando aqui.
A geometria perfeita e sagrada complementa muitas vezes aqueles desenhos, mas consideremos só por um momento a possibilidade de que se tratem de notas musicais, expressões vibratórias. Um exemplo claro disso poderia ser dado com respeito ao passado e encontraríamos no antigo Egito uma prova de que a música como necessidade de se expressar e comunicar vem desde muito tempo. O papiro Gulezian, descoberto no oriente pelo norte-americano Gulezian, já prova sua existência, onde os símbolos são representados por círculos de diferentes tamanhos e cores que indicam diferentes notas. Durante a idade média, a música manteve uma estreita relação com a já então conformada Igreja Católica, no que se chamou canto gregoriano e o quase extinguido solfège [solfeggio ou solfejo], que em palavras é uma técnica de freqüência, que produz um efeito muito especial tanto nos que cantavam como nos que assistiam às missas.
Kepler deduziu os intervalos musicais produzidos por cada planeta. Para ele, a melodia produzida por cada planeta não era uma seqüência de notas distintas, mas sim um único som eterno, a variar continuamente entre o mais grave e o mais agudo, como o som produzido por um violinista deslocando continuamente o seu dedo, sem o levantar, sobre a corda do seu violino.
O fundamental é que a conhecida "música das esferas" de Pitágoras ou as vibrações dos planetas das leis de Kepler parecem evidenciar uma identificação à maneira de sinfonia de comunicação natural dos corpos celestes no espaço. Os princípios então comunicacionais do cosmos são vibratórios e musicais. Por que não pensar que uma das formas do contato extraterrestre poderia ser inicialmente por modulações ou freqüências de som, isto é, por notas musicais?
Atualidades sobre os agroglifos podem ser acessadas, em inglês, clicando aqui e aqui.
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