15 de agosto de 2009

Missão da NASA busca vida fora do Sistema Solar

Pela primeira vez, é lançado um telescópio com reais condições de encontrar um planeta com vida



Em março deste ano, a Agência Espacial Americana (NASA) pôs em prática a Missão Kepler com o intuito de identificar planetas semelhantes à Terra. A missão da NASA pretende monitorar a luminosidade de 170 mil estrelas ao mesmo tempo, o que significa medir a emissão de luz de cada uma delas.

A partir de observações e análises criteriosas, será possível identificar planetas parecidos com a Terra. Segundo dados da NASA, o telescópio Kepler está a 9.000 km de distância do planeta e, até agora já foram identificadas cerca de 145 mil estrelas. A Missão Kepler durará três anos e meio, com investimento de 591 milhões de dólares.

Recentemente, Edgar Mitchell, astronauta aposentado da NASA, afirmou publicamente que o Governo dos EUA esconde informações sobre extraterrestre. Mitchel afirmou que teve acesso a fotos com ETs e que estes seres, fisicamente se parecem com a imagem que se tem a respeito. "Em primeiro lugar, ele (Edgar Mitchell) deve ter suas razões para ter feito estas afirmações. Não me cabe julgá-lo. Ele é um astronauta e um dos poucos homens deste planeta que foi ao espaço e deve saber muito bem o que fala, porém o que Mitchell afirma, apesar de ser uma opinião de peso em favor da ufologia, não comprova nada cientificamente", diz Milton Frank, presidente do CUB (Centro de Ufologia Brasileiro).

O ex-astronauta também mencionou que o fenômeno OVNI de fato existe e que ocorreram várias visitas extraterrestres ao planeta. "Voltamos à estaca zero, ou seja: até hoje não temos uma prova científica sequer que seres de outros planetas existem. Não temos nenhuma prova conclusiva e definitiva que os objetos voadores não-identificados que invadem o espaço aéreo do planeta Terra são naves espaciais de outro planeta", finaliza Milton Frank.

O tema chama a atenção da sociedade e atrai adeptos, como economista Mauro Fernandes que se diz fascinado por UFO (sigla em inglês para objeto aéreo não-identificado). "Acredito que haja vida em outros planetas, galáxias, afinal o universo é infinito. Eu acho que seria muito estranho e, com uma sensação de solidão pensar que só aqui na Terra temos vida. Infelizmente, nunca presenciei nada de estranho, embora tenha muita curiosidade e, vontade de ver algo no céu", finaliza.Já a estudante de Letras Juliana Mesquita diz ter presenciado um objeto não-identificado em 1999, na Baixada Santista."Até hoje aquele dia me chama a atenção, eu me lembro que objeto se mexia para todos os lados e, depois sumiu no espaço".

A ufologia precisa ser aceita como ciência, diz especialista

Milton Frank, Presidente do CUB (Centro de Ufologia Brasileiro) destaca a necessidade de vincular a ufologia a estudos de caráter científico Em entrevista ao O Estado RJ, o presidente do CUB fala sobre temas como a importância de utilizar metodologia científica na ufologia e a visão da sociedade sobre UFOs.

O Estado RJ - Atualmente quais os grandes desafios da Ufologia no Brasil?

Milton Frank - O grande desafio da ufologia no mundo é ser aceita como ciência, e para isso acontecer é necessário que os ufólogos mudem de postura radicalmente. Para começar, a ufologia tem que ser feita com fatos e dados científicos. Precisa estar voltada para sua verdadeira vocação que é a de estudar os "objetos desconhecidos" que invadem o espaço aéreo de várias regiões do planeta Terra, sem que as pessoas e, até mesmo as torres de aeroportos e forças armadas não identifiquem. É fundamental esgotar todas as possibilidades conhecidas e pertencentes ao nosso planeta antes de partir para a hipótese extraterrestre. É necessário, se cercar de metodologia científica para a conclusão das pesquisas de campo, e o mais importante é preciso deixar os "achismos" de lado e partir para estudos fundamentados na seriedade, maturidade e inteligência.

OERJ- Quais as principais atividades desenvolvidas pelo CUB?

Milton Frank - Bom, fazemos pesquisas de campo; entrevistamos pessoas que viram coisas estranhas nos céus; trabalhamos com indivíduos que afirmam terem visto criaturas, ou perderam a noção do tempo, ou se dizem abduzidos. Nós também analisamos fotografias e ensinamos os jovens a fazer pesquisas; investigamos casos antigos.Visitamos os locais onde os supostos incidentes aconteceram, fazemos vigília e estudamos várias cadeiras acadêmicas.

OERJ-Como encarar o ceticismo por parte de alguns setores, em relação à Ufologia?

Milton Frank - O ceticismo é o melhor amigo da ufologia. Ele é o responsável por fazer o papel do advogado do diabo. É o ceticismo que faz com que a ufologia se aprimore, verifique os seus erros, repense e reveja conceitos, faz com que os ufólogos sérios coloquem os pés no chão, e ainda traz a razão para o meio ufológico. Não consigo ver o ceticismo como uma força antagônica em relação à ufologia. O ceticismo é o grande aliado que temos para evoluirmos em nossos estudos de uma forma racional e científica.

OERJ- Em sua opinião, a sociedade está mais aberta, no que diz respeito aos UFOs?

Milton Frank - A sociedade aceita vida em outros planetas. A ciência e o mundo acadêmico também aceitam a hipótese de existir vida em outras partes do universo - o que a sociedade em sua maioria e a comunidade científica não aceitam são as "viagens na maionese" que a ufologia vem se permitindo desde 1947 (ano de início da ufologia). O grande problema da ufologia foi ter virado uma questão de crença, enquanto deveria ter sido desde o início uma questão de fatos, dados, provas, e metodologia. O que fez a sociedade se retrair perante a ufologia foi o fato de que a maioria dos casos fica apenas nos relatos de pessoas. Foi devido a isso que a descrença na ufologia tomou conta da sociedade que é inteligente e analisa cada palavra dita pelos "Contadores de Casos".


FONTE

0 comentários: