Queda de objeto ainda não identificado atiça imaginário da população local
O mistério em torno da queda de um objeto nas cercanias de Boca do Acre continua alimentando focos de tensão entre moradores da cidade, localizada ao sul do Amazonas, a cerca de 200 quilômetros de Rio Branco.
Se de um lado a burocracia emperra a ida de uma força-tarefa do Ministério da Aeronáutica até a região, do outro mais de 300 famílias que viram o fenômeno se ouriçam em busca de uma resposta para o que teria acontecido.
Os relatos da quase onipresente colega Lenilda Cavalcante, da TV Gazeta, que ouviu desde crianças e trabalhadores rurais até professores e um psicólogo, não deixam dúvidas de que algo altamente inflamável despencou do céu às 20h10 desta última terça-feira, 18, numa área de mata fechada, a aproximadamente 15 quilômetros da cidade.
Para os moradores, terem visto um objeto de luz vermelha intermitente cruzando baixinho a noite escura da cidade, e depois, a observação espetacular de fachos amarelados no horizonte, seguido do estrondo abafado que emanou daquela situação, não deixam dúvidas de que algo no mínimo escabroso aconteceu.
Se não foi um avião, então o que poderia ser? Ainda na noite desta terça-feira, logo após as primeiras notícias dadas com exclusividade pela Agência Agazeta.net, choveram as especulações em torno do caso na rede.
O Centro de Ufologia Brasileiro reproduziu nosso material para a sua comunidade. Em outros sites, o episódio de Boca do Acre já chegou a ser comparado a um dos mais fascinantes eventos da ufologia mundial, o Caso Roswell, nos Estados Unidos.
Na noite de julho de 1947, um objeto oval incandescente e em alta velocidade cruzou os céus de um pequeno condado de Roswell. Na ocasião, os moradores disseram ter escutado também uma explosão.
Na manhã seguinte, eles encontraram o que seriam destroços de uma suposta nave extraterrestre. Mas, diferente de Roswell, onde o rastro da destruição tinha aproximadamente quatro quilômetros quadrados, se algo semelhante ocorreu em Boca do Acre, a dificuldade de acesso ao local já se mostra muito mais precária por conta da densa selva.
Conjecturas à parte, o fato mais provável é o de que tenha sido mesmo um avião, sobretudo, porque a região está inserida na rota das pequenas aeronaves usadas no tráfico de drogas.
Um especialista da Força Aérea Brasileira (FAB), em Rio Branco, chegou a comentar que a cidade de Boca do Acre pode ter sido usada como referência numa situação de emergência.
Desse modo, o piloto da aeronave em pane teria optado por fazer uma tentativa de aterrissagem no aeródromo local, desviando-se da rota original.
No entanto, ao fazer isso, teria encontrado dificuldades visuais, justamente, por conta do apagão que acontecia naquele momento na cidade.
Em Manaus, unidades da FAB especializadas no resgate a vítimas de acidentes aéreos permanecem de prontidão à espera de um posicionamento oficial sobre o desaparecimento de qualquer aeronave na região.
É provável que este chamado nunca apareça, a exemplo de tantas outras aeronaves clandestinas sumidas na região. Se tiver sido um avião, é possível que ele não tenha declarado plano de voo e que também não estaria sob monitoramento do Cindacta 4.
Se este viés permanecer, só resta aos próprios moradores locais formar novas expedições e seguir em direção ao local apontado pelas testemunhas. Eles já afirmaram que vão se organizar de novo alimentados pelo combustível da curiosidade, que deve queimar em suas mentes não se sabe até quando.
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